Informação Sumária
Padroeiro: Santo Adrião.
Habitantes: Cerca de 560 habitantes e 515 eleitores
Sectores laborais: Agricultura e pirotecnia.
Tradições festivas: Menino Jesus (2º domingo de Janeiro), Senhora de Fátima e Senhora da Paz (2º domingo de Agosto) e Senhora da Conceição (Novembro).
Valores Patrimoniais e aspetos turísticos: Igreja Paroquial, Casa da Quintã, Casa de Covelas, Casa da Boavista e Cruzeiro do Senhor da Paz, Belezas ribeirinhas do Rio Lima e Rio Vade, Ponte Romana sobre o rio Vade, vistas panorâmicas.
Artesanato: Pirotecnia.
Coletividades: Rancho Folclórico “As Lavradeiras de Oleiros” e Grupo Coral.
Resenha histórica
A Freguesia de Oleiros dista, a partir da Igreja Paroquial, cerca de 3 Km da Vila de Ponte da Barca, a sede do concelho a que pertence, e ocupa uma área com cerca de 356 ha. Agrela, Airo, Barreira, Barreiro, Boavista, Cachada, Campo Grande, Cesta, Coto, Covelas, Cruz, Esmorigo, Fundo Oleiros, Granja, Guilhadas, Lobeira, Lousal, Lugar da Rua Nova, Outeiro, Penouços, Pimenta, Pinhal, Quintão, Ribeiro, Ribeiro Granja, Sermil, Soajeiro, Tapada, Veiga e Veiguinha os lugares desta freguesia que tem por limites: a Norte, o rio Lima, que separa Oleiros da Freguesia de Souto do Concelho de Arcos de Valdevez; a Sul as Freguesias de Nogueira e Castro, a Nascente as Freguesias de Paço Vedro Magalhães e Ponte da Barca, e a Poente a Freguesia de Bravães, Sabe-se que documentos muito antigos, como o inventário dos bens do Mosteiro de Guimarães, de 1059, já mencionavam Oleiros como sua pertença. Historiadores como Pinho Leal e Augusto Vieira, dão-nos a saber que em 12 de Abril 1190, o Abade de Santo Adrião de Oleiros, Onerico Viegas, deu a sua igreja ao Mosteiro de Crasto, tal como o fizeram igualmente os Abades de Sampriz, Nogueira e Bravães.
É uma terra muito fértil, em todos os géneros de agricultura. Sempre produziu gado de excelente qualidade, tendo em tempos, exportado muito dele para Inglaterra.
Em 1757 tinha 67 fogos, e a mitra apresentava o abade que tinha quatrocentos mil réis de rendimento. Pertencia ao Arcebispado e distrito administrativo de Braga.
Com uma tradição centenária no fabrico de fogos de artificio, Oleiros, encontra nesta atividade projeção e promoção da sua identidade.
A Igreja Paroquial e um cruzeiro, muito bem trabalhado, ladeado por figuras da história cristã, tudo em granito, são ex-libris de Oleiros, que tem no rio Lima, no rio Vade e na Ponte Romana, que o atravessa outras atracões turísticas a somarem-se às lindas vistas panorâmicas. A arte da Pirotecnia tem vindo, também, desde há muitas décadas a projetar Oleiros para o País e o mundo.
Ainda, a respeito da história desta freguesia, vale a pena voltar a referi a Ponte Romana sobre o rio Vade, que atende desde a romanização à passagem para a Freguesia de Ponte da Barca, sua vizinha a nascente, como anteriormente se citou. É, também importante, transcrever o que está no livro Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais Torre do Tombo “: «A primeira referência conhecida a esta igreja está contida numa doação, feita em 1190, ao mosteiro de Crasto da igreja de “Sancti Adriani de Oleiros”.
As Inquirições afonsinas, de 1220 e 1258, referem-se-lhe, sendo nestas últimas mencionada “In collatione Sancti Adriani de Oleiros”. Em 1290, nas Inquirições efectuadas no reinado de D. Dinis, aparece já designada como freguesia de “Sant Adraão de Oleyros”.
No catálogo das igrejas organizado em 1320, para pagamento de taxa, Oleiros, que fazia parte da Terra de Nóbrega, foi taxada em 80 libras. No registo da cobrança das “colheitas” dos benefícios eclesiásticos do arcebispado de Braga, feita entre 1489 e 1493, D. Jorge da Costa apurou que Santo Adrião de Oleiros rendia 5 libras, sendo 467 réis e 2 pretos, em dinheiro com “morturas” e 101 réis de dízimas de searas.
Em 1528, o Livro dos Benefícios e Comendas atribui-lhe um rendimento de 25 mil réis.
Américo Costa descreve-a como abadia da apresentação da Mitra. Em termos administrativos pertenceu, em 1839, à comarca de Ponte de Lima, em 1852, à de Arcos de Valdevez e, em 1878, à de Ponte da Barca. Em 1927, pelo decreto n° 13917, de 9 de Julho, a comarca de Ponte da Barca foi suprimida, sendo as freguesias do concelho anexadas, para efeitos judiciais, à de Arcos de Valdevez».
Pertence à Diocese de Viana do Castelo desde 3 de Novembro de 1977.
Fonte consultada: Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais, Vol. 2 Norte, Arquivos Nacionais Torre do Tombo, Dicionário Enciclopédico das Freguesias e Autarcas Séc.XXI
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